Consciência como tendencia

Quem é ligado em moda já sabe que as coleções sem gênero viraram tendência. A ideia se concretizou aqui no Brasil a pouco tempo depois da campanha da C&A, por outro lado se repararmos esse conceito de moda sem gênero começou a mais ou menos uns dois anos atrás, temos como exemplo disso os filhos do ator americano Will Smith, Jaden e Willow Smith...

Esse conceito de moda sem gênero expressa sobretudo a nossa vontade de ser humano, de integrar uma sociedade que nos deu o direito de sermos livres inclusive nas questões de vestimenta, porque hoje em dia vivemos num mundo onde as pessoas têm liberdade de expressão, liberdade sexual, e no entanto não têm liberdade pra se vestir o que me parece muito contraditório.

No início do texto eu citei a loja C&A, mas antes dela outras marcas já fizeram isso, acontece que a C&A foi a primeira fast-fashion no Brasil a tornar o conceito mais visível e mais acessível.

Vale ressaltar que na última edição da Casa de Criadores em que eu estive, percebi que muitos estilistas apresentavam coleções onde os modelos masculinos vestiam roupas sem gênero, e não necessariamente os modelos tinha uma aparência afeminado ou máscula de maneira excessiva, e sim um "vestir" de uma maneira mais natural e mais livre, e mais expressiva.

Acredito que essa mudança no mundo da moda se deve também os fatores sociais e culturais que nos influenciam, pois é notório que no mundo em que vivemos, com essa diversidade de gêneros, que as pessoas busquem viver de maneira mais harmoniosa uma com as outras e isso inclui a moda porque a moda é uma forma de expressão. Diria também que essa tendência marca a passagem na moda num formato mais antigo e engessado, para um formado de moda mais consciente e dinâmico.

Isso nos faz lembrar que questões como a igualdade entre gêneros, o feminismo, e o combate ao preconceito estão mais vivas do que antes, e podem e devem ser levantadas em todos os setores e áreas.